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Análise de Episódios, Fringe

Sobre Fringe 5×12 – Liberty


Fringe 5x12Liberdade. Talvez um dos termos que mais caracteriza a história do nosso País, é mesmo esta. Quem não associa, directamente, a cravos ou ao 25 de Abril? Uma data em que, claramente, todo o povo se uniu para lutar contra uma espécie de seres humanos que se diziam senhores do saber, do dinheiro, das leis.

De uma forma análoga, os Observers sentem-se da mesma maneira. Sentem-se senhores de si próprios, senhores do tempo e do espaço, senhores de todo o saber. Toda e qualquer pessoa que se dissesse contra este regime ou era morta ou era limpa de todas as memórias que caracterizavam a sua personalidade e o seu ser.

A equipa Fringe original, desde o episódio “Letters of Transit”, começou por se libertar do âmbar em que se haviam conservado e iniciaram uma jornada de descoberta de pequenas peças que constituíam um plano maior, um plano para destruir esta “grande” espécie. E o miúdo era a parte essencial de tudo isto porque sem ele, o plano não teria sucesso.

No episódio passado, talvez porque o miúdo sabia que se ficasse com Olivia, toda a equipa iria ser apanhada e desmascarada e o plano não chegaria, sequer, a ocorrer, ele sai do comboio e entrega-se a Windmark a sorrir. A sorrir, talvez, por saber o futuro que este teria. A sorrir, talvez, porque sabia que mais tarde ou mais cedo, alguém viria para o levar de volta.

E, neste episódio, temos a prova de que esta mulher, Olivia, é mais do que aquilo que ousámos pensar. Sem ela, sem aquela capacidade de viajar entre mundos, nunca este plano teria ido para a frente. Sem ela, provavelmente, tudo continuaria na mesma e o mundo acabaria na desgraça.

Submete-se, Olivia, a levar com injecções de Cortexiphan para algo dentro do seu corpo despertar. Em 3h, que era o tempo que o composto permanecia no seu corpo, ela conseguiu saltitar de um mundo para outro e salvar o seu miúdo favorito, salvar a parte mais importante deste plano. Apesar de todas as alucinações, de todas as tonturas, ela não queria ficar para trás, não queria desiludir este miúdo que se crê que irá mudar o curso de toda a história futura. E talvez o maior prémio do esforço de Olivia foi o pequeno sorriso que Michael lhe mostrou quando os dois se encontraram, finalmente, naquela sala branca e fria.

Estando tudo no devido lugar, cabe a Donald começar a preparar o dispositivo que levará Walter e o miúdo para 2167 e, para isso, pede a December um último favor. E onde estava December? No quarto 513, numa clara referência ao (grande) episódio que se seguiria.

About Jorge Pontes

Viajar é nascer e morrer a todo o instante, até porque é fácil apagar as pegadas. Difícil, porém, é caminhar sem pisar o chão.

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