Series-Gazing I

A coluna que aqui irei exibir no Laboratório é publicada no Imagens Projectadas. O seu nome é Series-Gazing e estará convosco a partir de agora. Boas leituras!

É com este nome algo incomum que dou início a um espaço aqui, no Imagens Projectadas, que pretende, na segunda semana do mês, destacar um ou dois episódios de entre as séries que vejo e comentar. Mas não é um comentário longo. É, pois, algo simples que não tomará muito do vosso tempo. Até porque, quem sabe, eu e o excelentíssimo leitor poderemos ter séries em comum (e não sabemos) e até episódios que nos marcaram de forma igualmente diferente.

“The Good Wife” foi a série que escolhi no meio de tantas. O conjunto de episódios doze (Silly Season) e treze (Real Deal) da corrente temporada foram aqueles que mais se destacaram.

Perguntam-me, vocês: “Mas, Jorge, não era só um episódio que ias destacar?”.

E eu respondo: A ideia inicial é essa. Mas, como tudo na vida, como nós humanos, as séries não são ilhas isoladas pois dentro da sua história, há pequenos outros contos que embelezam aqueles quarenta minutos de episódio e que me fizeram eleger estes dois episódios como os melhores que até à data, assisti. Eles completam-se pois tocaram em todos os assuntos pendentes da vida de Alicia, tocaram em todos os pontos do arco que constituem esta temporada. De facto, posso não ter gostado muito do doze, Silly Season, porque me pareceu estranho, em muitos níveis e muito complexo. Mas tenho de dar o braço a torcer à CBS quando afirma que “The Good Wife” é o melhor drama legal da televisão e tal designação acarreta muita pressão, muita coisa boa quando falamos da história, das personagens e de tudo o resto que compõe a série. E é neste conjunto de episódios que temos a confirmação de que “The Good Wife” está a ter uma segunda temporada muito consistente, muito interessante, muito dinâmica e, acima de tudo, de altíssima qualidade.

Não poderia deixar passar, igualmente, “Fringe” e “White Collar”. A primeira que voltou às sextas e que voltou muito interessante. Temos, então, um arco derivado do primeiro e que está a criar bastante expectativa em redor da comunidade e sendo “Fringe”, o fenómeno que é, tal não deve ser estranho. Mas “Fringe” é uma série marota porque por mais que tente, nesta terceira temporada, desviar-se do assunto principal e nos dá um caso semanal (falo do episódio 12, Concentrate and Ask Again), ela não consegue esquecer aquilo que por tanto lutou: uma mitologia própria e personagens peculiares que passaram a ser o cerne de todos aqueles 43 minutos de episódio.

Por último e antes de dar como terminada esta primeira edição, falo de “White Collar”. Esta é uma das séries do USA que mais curiosidade me tem suscitado desde a sua estreia. Também ela possui uma mitologia, algo próprio que deve ser explorado porque aguça o espectador a pedir mais. A segunda parte da segunda temporada tem estado bastante interessante na medida em que marcou o desvendar de uma mitologia que parece ter mais do que aparenta, a história perdida que desde o início ansiamos saber. “White Collar” entra, assim, no rol das favoritas deste mês pois não desperdiça uma oportunidade para me deixar completamente entretido. É uma série leve que, apesar de pertencer ao Verão, é sempre muito bom poder contar com ela numa altura tão fria, tão cinzenta que é este Inverno.

A mitologia marcou este início de espaço, o Series-Gazing, que vos fará companhia daqui para a frente. Mais episódios estão para ser exibidos, mais histórias para ser desvendadas e claro, cá estarei para comentar os que mais se destacaram ao longo do mês. Estarão desse lado a acompanhar? Eu cá marcarei presença, aqui, todas as quintas-feiras da segunda semana de cada mês.